Adicção



Essa é uma palavra que poucos já ouviram falar, mas seu significado está relacionado com um problema social sério e que está se tornando uma epidemia. Adicção, segundo o site Que Droga!?, “é o vício, e geralmente está relacionado com drogas ilícitas. Mas a adicção pode também significar qualquer dependência psicológica ou compulsão, tipo por jogo (bingo, pôquer), comida, sexo, pornografia, computadores, internet, vídeo games, notícias, exercício, trabalho, TV, compras e etc.”.

O problema da adicção, principalmente quando relacionado com drogas ilícitas ou até mesmo o álcool e cigarro, é causa de desestabilização e desestruturação de famílias no Brasil e no Mundo, causando sofrimento tanto para o adicto quanto aos seus familiares.

Segundo o Moderno Dicionário de Língua Portuguesa Michaelis, adicto é aquele que usa uma droga habitualmente e tem por ela uma ânsia incontrolável que se torna um hábito mórbido.

Para a maioria das pessoas que não padecem desse problema, torna-se quase impossível entender o porquê de alguém optar pelo uso de algo que é tão prejudicial. Ainda, segundo o site Que Droga!?, “as pessoas geralmente experimentam drogas ou outros comportamentos potencialmente viciantes porque eles estão buscando algum tipo de benefício ou recompensa”. Às vezes, a pessoa usa a droga para escapar de problemas reais ou para que a pessoa seja aceita em determinado grupo social. Muitas vezes o desejo surge a partir de eventos traumáticos relacionados com a infância ou por questões genéticas.

O site Drogas e Álcool sem Distorções do Albert Einstein, diz que: “aqueles que decidem consumir uma droga estão fazendo uma opção, uma escolha. É claro que muitos fatores contribuíram para que tal escolha se desse (as angústias da vida, a simples curiosidade, a influência de amigos, a vontade de buscar um jeito novo de se divertir...). Mas, a escolha, no final, foi da pessoa”. No entanto, o site alerta que, se a pessoa continuar a usar drogas, cada vez menos isso será uma escolha, “isso porque o organismo vai se adaptando à presença da droga. Vai havendo modificações no cérebro. Quando o indivíduo fica sem a droga, passa a se sentir muito mal, desconfortável, irritado, deprimido, ansioso. O dependente acha que o único alívio possível é a continuidade do consumo”.

“A partir desse ponto, o indivíduo não consegue mais ficar sem usar drogas. Não há mais opção: o indivíduo não escolhe se vai usar drogas ou não. A doença lhe tirou essa liberdade. Qualquer doença psíquica consiste acima de tudo na perda da liberdade de escolha. Portanto, a dependência não é uma opção. É uma condição patológica (uma doença) que tira a liberdade do indivíduo de optar!” [site Drogas e Álcool sem Distorções].

Diante dessas definições e, com alguém tão próximo a mim com esse problema, fico pensando na falta de assistência social por parte dos nossos governantes. Caso você tenha alguém próximo a você com esse problema, saiba que não existe nenhuma ação pública no Brasil tentando sanar essa epidemia.

Podemos contar apenas com o esforço e boa vontade de algumas comunidades religiosas, que apesar de sua limitação de ordem técnica e efetividade no tratamento, fazem alguma coisa pelos adictos. Ou então, ter que gastar pequenas fortunas em clínicas “especializadas”.

Importante saber, também, que existem milhares de picaretas tentando ganhar dinheiro em cima do seu sofrimento, se não bastasse toda a devastação gerada pela adicção.

Fico pasmo com as cracolândias, todas conhecidas e toleradas pelas autoridades públicas. Quando é feita alguma ação, não passa de mudar os viciados de lugar. Parece que ninguém está interessado em resgatar aquelas vidas moídas e dilaceradas. Milhões são gastos em campanhas publicitárias nas eleições e pouco em valorização da vida.

(In)felizmente, como diria Jean-Paul Sartre: "O homem está condenado a ser livre". E nossas escolhas podem nos levar a um abismo. Antes de julgar um adicto, tente entender seus motivos e, mais que isso, tente auxiliá-lo a se libertar dessa escolha maldita.